19

O Islamismo e os tóxicos

Por F. Kamal

Os tóxicos (álcool e drogas ilícitas) e o islamismo

Susan é vítima da síndrome alcoólica fetal — um defeito congênito que adquiriu porque sua mãe consumia álcool durante a gravidez. O que Susan fez para merecer isto?

John e Sherry são duas crianças que cresceram traumatizadas em um lar marcado por crises diárias de violência e espancamentos que o pai alcoólatra infligia à mãe desamparada.

Jill sofre de cirrose no fígado. A cirrose é causada pelo álcool e mata 10.000 a 24.000 pessoas a cada ano.1 E é inteiramente evitável.

Jack – aos dois anos de idade – é a última vítima de um motorista embriagado. O que é que Jack fez para merecer isto?

Apesar de os nomes acima serem fictícios, a assustadora ferida que o álcool abre diariamente em toda a América é muito real. As estatísticas factuais são chocantes e ao mesmo tempo esclarecedoras.

Mortes

“O álcool e outras drogas são fatores presentes em 45,1% de todos os acidentes automobilísticos fatais.”2

“Entre 47% e 65% dos adultos que se afogam e 59% das quedas fatais são associadas ao uso do álcool.”3

“Estima-se que 75% dos casos de câncer no esôfago nos Estados Unidos podem ser atribuídos ao consumo crônico e excessivo de álcool.”4

“Quase 50% dos casos de câncer na boca, na faringe e na laringe estão associados ao uso abusivo do álcool.”5

“Entre 25% e 40% de todos norte-americanos em leitos de hospitais gerais (os que não funcionam como maternidades ou unidades de tratamento intensivo) estão em tratamento por complicações causadas pelo alcoolismo.”6

“20% de todas as internações nas unidades de tratamento intensivo (UTIs) dos hospitais metropolitanos de grande porte estão relacionadas a problemas com ATOD (9% ao álcool, 14% ao tabaco e 5% a outras drogas). As internações relacionadas ao uso de ATOD foram muito mais severas do que os demais 72% das internações, sendo necessários 4,2 dias na UTI, contra 2,8 dias dos outros casos, além de serem muito mais dispendiosas – cerca de 63% mais caras do que o custo médio de outras internações em UTIs.”7 8

Os tóxicos também desempenham um importante papel nas disfunções familiares, na separação de famílias, no sexo sem compromisso, nos abortos, na violência doméstica, no abuso infantil e no incesto. A seguir apresentamos mais alguns exemplos de estatísticas lamentáveis.

“Em 1987, 64% de todos os caso de negligência e abuso infantil relatados na cidade de Nova Iorque estavam associados ao abuso de AOD [álcool e outras drogas] pelos pais.”9

“Um estudo com 472 mulheres pelo Research Institute of Addictions (Instituto de pesquisas sobre vícios) de Buffalo, NY, constatou que 87% das mulheres alcoólatras haviam sofrido abuso sexual quando crianças, em comparação a 59% das mulheres não alcoólatras que participaram da pesquisa (Miller and Downs, 1993).”10

“Um estudo de 1993 com mais de 2.000 casais americanos constatou que os índices de violência doméstica eram 15 vezes mais altos em residências em que os maridos se enquadravam na descrição ‘frequentemente embriagado’ do que entre os ‘nunca embriagados.’11

“As mulheres maltratadas estão em risco crescente de tentar o suicídio, abusar do álcool e outras drogas, entrar em depressão e cometer abusos contra os próprios filhos.”12

“O álcool está presente em mais de 50% de todos os incidentes de violência doméstica.”13

“Um levantamento entre estudantes do ensino médio descobriu que 18% das moças e 39% dos rapazes dizem que é aceitável que um rapaz force uma jovem a fazer sexo se ela estiver drogada ou embriagada.”14

Os tóxicos também afetam fortemente a saúde mental e as estatísticas de suicídios.

“Em um estudo sobre o suicídio entre os jovens, o abuso das drogas e do álcool foi a característica mais comum entre os que tentaram o suicídio; 70% desses jovens usavam álcool e/ou outras drogas regularmente.”15

“Aproximadamente 10% da demência entre adultos nos Estados Unidos é resultado de danos cerebrais relacionados ao uso do álcool.”16

E quanto ao crime? Os tóxicos desempenham um papel mortal também no mundo do crime.

“O álcool é um dos principais fatores em 68% dos casos de homicídio doloso, 62% das agressões, 54% das tentativas de homicídio/homicídios culposos, 48% dos roubos e 44% dos furtos.”17

“Entre os presidiários, 42.2% dos condenados por estupro relataram que estavam sob a influência de álcool ou outras drogas no ato do crime.”18

“Mais de 60% dos homens e 50% das mulheres presos por crimes contra a propriedade (roubo, furto, estelionato) em 1990, e que fizeram exames voluntariamente, apresentaram resultado positivo para o uso de drogas ilícitas.”19

“Em 1987, 64% de todos os casos de negligência e abuso infantil relatados na cidade de Nova Iorque estavam associados ao abuso de AOD (álcool e outras drogas) pelos pais.”20

“Um estudo elaborado pelo Lewin Group para o National Institute on Drug Abuse (instituto nacional do abuso de drogas) e para o National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (instituto nacional do abuso do álcool e do alcoolismo) estimaram que o custo econômico total do abuso do álcool e das drogas foi de US$ 245,6 bilhões em 1992. Desse custo, US$ 97,7 bilhões foram gastos com o abuso de drogas. Essa estimativa inclui o tratamento a viciados em substâncias tóxicas e prevenção do vício, bem como outros custos de tratamentos de saúde, custos associados à baixa produtividade profissional ou à perda de proventos, e outros custos para a sociedade, como serviços criminais e promoção do bem-estar social.”21

Esses custos têm apenas aumentado ano após ano. E é claro que esses números sequer significam uma ínfima parte da magnitude dos custos pessoais e emocionais e do caos que os tóxicos causam na América.

Pode ser uma realidade muito triste para muitos que se veem nas trevas do abuso dos tóxicos. Olhando para trás, deve ser um enorme choque e uma surpresa para essas pessoas o fato de que aquele primeiro drinque ou cigarro de maconha inofensivo poderia dar início àquele declive em eterna espiral que leva à terrível situação da qual muitos agora procuram desesperadamente escapar. Afinal, ninguém imaginaria que isto poderia acontecer consigo! Certamente, terceiros inocentes, como suas famílias, podem estar balançando suas cabeças, nunca tendo imaginado que tal caminho seria almejado na vida por elas.22

Os muçulmanos notam que o islamismo tem reduzido drasticamente o consumo de álcool em diversas sociedades, nações e comunidades e que lacrou portas de armadilhas potencialmente negras que poderiam atrair pessoas a caírem no abuso dos tóxicos. As sociedades muçulmanas, mais do que outras comunidades, têm sido capazes de limitar com êxito o uso de tóxicos em seu meio desde que o islamismo os proibiu, há mais de 1400 anos (Alcorão 5:90 e 2:219)23. Os muçulmanos indicariam que hoje em dia, apesar de nem todo muçulmano seguir as premissas islâmicas que proíbem o álcool, um número incrivelmente alto de pessoas as seguem. Como a maioria dos muçulmanos não bebe, é muito provável que bem mais de um bilhão de abstêmios tenham surgido em decorrência direta do Islã.

Fontes:

National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism - NIAAA (Instituto nacional do abuso do álcool e do alcoolismo), consulte:

www.niaaa.nih.gov/publications/alalerts.htm

National Clearinghouse for Alcohol and Drug Information - NCADI /Center for Substance Abuse Prevention - CSAP (Central nacional de informações sobre o álcool e as drogas/Centro de prevenção ao abuso de substâncias tóxicas), consulte

http://www.samhsa.gov/centers/csap/csap.html

National Institute on Drug Abuse - NIDA (Instituto nacional do abuso de drogas), consulte www.nida.nih.gov/.

(Este é um trecho do livro "É fácil compreender o Islã")

Clique abaixo para ler o capítulo da amostra do livro

Começo

Seção I: Os fundamentos

O que o islamismo não é

O que é o Islamismo?

Seção II: Artigos gerais

Por que existem o mal e o sofrimento?

O Alcorão, a Ciência Moderna e Mais

Por que crer em Deus – A voz de um muçulmano

Islamismo e racismo

Islamismo: Uma solução para os problemas sociais da América?

Deus e os muçulmanos

Algumas virtudes dos muçulmanos (Alcorão)

Algumas virtudes muçulmanas (Palavras do Profeta)

Seção III: Islamismo e cristianismo

Semelhanças

Fundamentos em comum: judaísmo, cristianismo e islamismo

Diferenças

Muhammad na Bíblia

Trindade

Jesus: Homem e Deus?

Expiação vicária pelo “Sangue do cordeiro”

A Bíblia e a ciência moderna

A Bíblia e a Palavra de Deus

Alcorão preservado?

Seção IV: Outros temas

O islamismo e o meio ambiente

O Islamismo e os tóxicos

Paraíso e inferno

Perdão

Seção V

Site na internet


1 NIAAA – Alerta sobre o alcoolismo nº 42

2 NCADI/CSAP – Making the Link, Impaired Driving, Injury, and Trauma and Alcohol and other Drugs (Fazendo a conexão: direção perigosa, lesões e traumas e álcool e outras drogas). Primavera de 1995, NCADI Inventory, número ML004.

3 NCADI/CSAP – Making the Link, Impaired Driving, Injury, and Trauma and Alcohol and other Drugs. (op. cit.).

4 NIAAA - Alerta sobre o alcoolismo nº 21

5 Ibid.

6 NCADI/CSAP: Making the Link: Health care costs, the deficit, and alcohol, tobacco, and other drugs (Fazendo a conexão: custos com tratamentos de saúde, o déficit, o álcool, o tabaco e outras drogas - ATOD). Primavera de 1995, NCADI Inventory, número ML007

7 Ibid.

8 NCADI/CSAP: Making the Link: Health care costs, the deficit, and alcohol, tobacco, and other drugs. (op. cit.).

9 NCADI/CSAP: Making the Link; Domestic violence and alcohol and other drugs (Fazendo a conexão; violência doméstica, álcool e outras drogas). Primavera de 1995, NCADI Inventory, nº ML001

10 NCADI/CSAP: Making the Link: Domestic violence and alcohol and other drugs. (op. cit.).

11 NCADI/CSAP: Making the Link: Domestic violence and alcohol and other drugs. (op. cit.).

12 NCADI/CSAP: Making the Link: Domestic violence and alcohol and other drugs. (op. cit.).

13 Ibid.

14 NCADI/CSAP: Making the Link: Sex under the influence of alcohol and other drugs (Fazendo a conexão: sexo sob a influência do álcool e outras drogas). Primavera de 1995, NCADI Inventory, número ML005

15 NCADI/CSAP: Making the Link: Alcohol and other drugs suicide (Fazendo a conexão: o álcool e outras drogas e o suicídio). Primavera de 1995, NCADI Inventory, número ML009

16 NCADI/CSAP: Making the Link: Alcohol, tobacco, and other drugs and mental health (Fazendo a conexão: o álcool, o tabaco e outras drogas e a saúde mental), Primavera de 1995, NCADI Inventory Número ML012.

17 NCADI/CSAP: Making the Link: Violence and crime and alcohol and other drugs (Fazendo a conexão: violência e crime e o álcool e outras drogas). Primavera de 1995, NCADI Inventory, número ML002

18 NCADI/CSAP: Making the Link: Violence and crime and alcohol and other drugs. (op. cit.).

19 NCADI/CSAP: Making the Link: Violence and crime and alcohol and other drugs. (op. cit.).

20 NCADI/CSAP: Making the Link: Violence and crime and alcohol and other drugs. (op. cit.).

21 National Institute on Drug Abuse (Instituto nacional do abuso de drogas), National Institutes of Health (institutos nacionais de saúde), “Custos sociais” [1356

22 Como observação à parte: Efeitos não relacionados (p. ex., terceiros) geram alguns paralelos com a área da economia que lida com as “externalidades.” Quando os preços perdem a “conexão” com a captura de informações importantes sobre os custos e as receitas associados às partes que não fazem parte da transação ou que não estão ligadas a ela.

23Veja também Sahih Muslim, Livro 36, Hadith 92 “Todo os entorpecentes (álcool e drogas ilícitas) são Khamr e todo entorpecente é proibido…”